Cidade do Porto, nos anos 30 do século XX.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Porto nos anos 30 (vista aérea) uma imagem do Graf Zepplin in "O Porto Visto do Céu", edições Argumentum, Lisboa, 2000
Em baixo, uma vista aérea do Porto idêntica a anterior, mas num belíssimo BPI colorido
Vista panorâmica do Porto, tirada a bordo do "Graf Zepplin"
Um Biplano DH-82 Tiger Moth da Aeronáutica Militar a sobrevoar o Rio Douro entre Vila Nova de Gaia e o Porto 
Fonte: César Santos Silva  (Porto 24)
Vista aérea do Porto, encontrando-se em construção o edifício da actual Câmara  Municipal
Em baixo, pormenor da avenida dos Aliados, encontrando-se em construção o edifício da actual C. M. 
Por detrás deste sobressai a igreja da Trindade
Construção do edifício da CMP -  Foto Beleza
Duas variantes do mesmo cliché - Foto Beleza
Vista aérea do Porto. Cliché do Major-Aviador Pinheiro Correia in Ilustração n.º 205 de 01 de Julho de 1934
Na imagem abaixo, vemos a C. M. do Porto (fachada das traseiras) em construção, nos anos 30 do séc. XX. A fotografia foi tirada, provavelmente, da igreja da Trindade

Um cliché um pouco mais recente. Construção do edifício da CMP - Alvão
Fachada frontal. Cliché da Casa Alvão
O edifício da Câmara visto da Igreja da Trindade (anos 40?). Repare-se no pormenor da Torre, cujo término seria alterado para aquele que conhecemos actualmente. Imagem in AMP

Fábrica de Cerâmica Lusitânia. (Cidade de Lisboa)

A Fábrica de Cerâmica Lusitânia, situava-se na Avenida João XXI. Quando foi demolida deu lugar ao edifício sede da Caixa Geral dos Depósitos. Actualmente ainda existe uma das chaminés, desta unidade fabril.

Rua 31 de Janeiro. (Cidade do Porto)

domingo, 28 de novembro de 2010

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 A Rua de 31 de Janeiro, que também já se chamou St.º António, na cidade do Porto, numa fotografia tirada em Janeiro de 1914.

Cantareira. (Cidade do Porto)

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Foz do Douro, Cantareira
Uma belíssima imagem da Cantareira, na Foz do Douro, cidade do Porto (versão BPI colorido à mão e simples). Provavelmente obtida entre final de 1800 e início de 1900. Os contrastes do local entre essa data e os nossos dias são notórios.
Na imagem de baixo vemos o Passeio Alegre, na Foz, com um aspecto diferente do jardim que conhecemos actualmente. São no entanto perfeitamente perceptíveis vários edifícios, com destaque para o Castelo e a Igreja de S. João da Foz.
Passeio Alegre, Foz - Emílio Biel
Imagens:
- BPI
- Emílio Biel

Rio Douro e Corticeira. (Cidade do Porto)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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A imagem que podemos contemplar, denominada Rio Douro e Corticeira é provavelmente de final de 1800, ou início de 1900. Trata-se de uma vista sobre o Douro, imortalizada numa edicção postal de Alberto Ferreira. O local exacto não é conhecido, mas com pouca margem de erro, pode-se dizer que a fotografia foi tirada na Calçada da Corticeira, uma íngreme subida pela encosta das Fontainhas no Porto, entre a ponte Maria Pia e a já existente ponte Luís I, esta última aliás, bem visível na imagem. Igualmente visível no canto superior esquerdo da mesma é o antigo Mosteiro da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia.
Sobre a zona envolvente à Calçada da Corticeira pode consultar estas publicações:
(Clique nos links abaixo)
- Capela do Sr. do Carvalhinho
- Capela da Quinta da Fraga ou do Senhor do Carvalinho
- As Carquejeiras

Largo das duas Igrejas. (Cidade de Lisboa)

domingo, 21 de novembro de 2010

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O Largo das duas Igrejas (Chiado, Lisboa) com o aspecto que possuia na viragem do séc. XIX / XX.

Parque Eduardo VII na década de 30 do século XX. (Cidade de Lisboa)

sábado, 13 de novembro de 2010

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Vista aérea do Parque Eduardo VII em Lisboa, antes de 1934. Pinheiro Correia, in Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Parque Eduardo VII em Lisboa, por altura da construção do monumento ao Marquês de Pombal, que foi inaugurado em 1934. Na época ainda era um local algo ermo, com muito terreno vazio e sem qualquer construção, existia igualmente um grande fosso (ou vala) que mais não era que uma antiga pedreira abandonada, que teria sido inundado por chuvas torrenciais, formando um verdadeiro lago bem visível nas fotografias.

Fonte das fotografias: Arquivo Municipal de Lisboa.

Sanatório dos Ferroviários. (Covilhã)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

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Na imagem de cima, vemos a  fachada do edífício numa época mais próspera e em baixo uma visão geral do mesmo nos nossos dias, completamente arruinado (fotos net)
O Sanatório dos Ferroviários, na Covilhã, foi projectado pelo arquitecto Cottinelli Telmo nos anos 20. Foi mandado construir pelos Caminhos de Ferro para tratamento de tuberculose dos seus funcionários, visto poderem beneficiar da localização em sítio calmo e com ar puro, fazendo parte de uma rede de 11 sanatórios existentes no início do século XX. Demorou 8 anos a ser construído (1928-1936) e permaneceu fechado durante outros tantos anos, devido a circunstâncias diversas e estranhas à CP. Depois viria a ser arrendado à Sociedade Portuguesa de Sanatórios, com a condição de receber todos os doentes necessitados de tratamento de altitude, tendo cinquenta camas à disposição da Assistência Nacional aos Tuberculosos.

O edifício acolheu, ao longo de mais de 40 anos, muitos milhares de tuberculosos, provenientes de todo o país, que procuravam recuperar da tuberculose nos bons ares da Serra da Estrela. Apesar de acolher doentes de todas as classes sociais, os doentes menos favorecidos não tenham acesso a todas as alas, algumas destinadas apenas às classes altas, que ali encontravam todo o conforto que o dinheiro podia comprar.
 Nas imagens de baixo, todo o glamour interior do antigo Sanatório


Oito anos após a cedência, o edifício passou para as mãos do Estado, tomando conta dele o Instituto de Assistência Nacional de Tuberculose (IANT), passando também a partir de 1953, a ser internados doentes pobres. O recurso à quimioterapia anti-tuberculose levou ao encerramento dos sanatórios afastados dos centros urbanos e pouco rentáveis. O Sanatório das Penhas da Saúde não mereceu diferente sorte, fechando as portas em Junho de 1969. Depois de 25 de Abril de 1974 serviu de residência a cerca de 700 retornados (pessoas regressadas das antigas colónias portuguesas).




O interior do edifício actualmente... uma ruína sem precedentes

No final dos anos 80, quando já se encontrava praticamente abandonado e seriamente degradado passou para as "mãos" da Turistrela.

No ano de 1998 o Sanatório chegou a ser vendido à ENATUR (empresa das Pousadas de Portugal) pelo preço simbólico de 1 escudo. Em contrapartida a ENATUR comprometia-se a instalar ali uma Pousada de Portugal, cujo projecto chegou a ser elaborado pelo arquitecto Souto Moura o qual previa um investimento na ordem dos 10 milhões de euros. Entretanto a ENATUR foi entregue ao Grupo Pestana, e o projecto foi abandonado, tendo em 2004 cessado o contracto. Assim a titularidade do sanatório regressou às mãos da Turistrela.

Actualmente está a ser negociada a fórmula final do edifício, que terá como base o projecto inicial de Souto Moura.


Um documentário do antigo sanatório na encosta da Serra da Estrela, um trabalho académico da escola ESART em Castelo Branco elaborado por Carlos Reis, Rui Lucas, Pedro Antunes, Sara Fernandes e Hugo Duarte.

Sanatório de Valongo. (Valongo)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Sanatório de Valongo, antigamente conhecido como Sanatório de Mont'Alto, situa-se na Serra de Santa Justa.

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Sanatório de Valongo e zona envolvente
Sanatório de Valongo - Vista geral do edifício
Localizado num lugar, ainda nos dias de hôje um pouco ermo e de ar saudável, tendo em conta que fica ao lado de zonas densamente urbanizadas como Porto e Valongo este colossal edifício contava ainda com outros em anexo, como a igreja, localizada à sua direita na fotografia, ou o edificio das antigas lavandarias e o da escola.
Foi graças ao esforço desenvolvido pela Liga Portuguesa de Profilaxia Social, e através da Assistência aos Tuberculosos do Norte de Portugal, que o sanatório pôde ser construído.
Dos muitos Hospitais construídos durante o Estado Novo, este foi projectado pelo arquitecto e engenheiro Júlio José de Brito. As suas obras de construção arrastaram-se entre 1932 e 1958. Sabe-se que, a determinado tempo, terá tido 300 doentes internados. Estava em perfeito estado quando foi criminosamente abandonado quando da "revolução dos cravos de 1974". Foi brutalmente vandalizado e impediosamente roubado e pilhado por matilhas de individuos, na altura auto-proclamados "progressistas de esquerda", nada foi feito para impedir tais actos criminosos naquela época conturbada. Mantém-se abandonado e a degradar-se desde então.

Imagens:
- Bing Maps 3D

Escola Comercial Raúl Doria. (Cidade do Porto)

"A venda e recente demolição do antigo Palacete das Lousas na Rua de Gonçalo Cristóvão, sacrificado, como tantos outros edifícios, ao progresso da cidade - velha pecha de que, infelizmente, o Porto não é a única cidade a sofrer - veio relembrar a esquecida Escola Raul Dória e o seu ainda mais esquecido Fundador, para com quem esta cidade contraiu enorme dívida, ainda em aberto..."

A.  Á L V A R O   D Ó R I A
Palacete das Lousas, sede da Escola Comercial Raul Dória
Escola Comercial Raul Dória - Três vistas frontais e duas laterais do extinto "Palacete das Lousas".
Palacete das Lousas
Horto Municipal e o Palacete das Lousas, c.1903
Escola Comercial Raul Dória foi fundada em 1902 e posteriormente instalou-se num casarão rodeado de um belo jardim, situado na rua Gonçalo Cristóvão em 9 de Outubro de 1907, nos números 189 e 191, em terreno onde mais tarde foi construído o edifício-sede do Jornal de Notícias. Por o seu último andar ser coberto de placas de ardósia, era conhecido como «Palacete das Lousas». Foi demolido na década de 60 do século XX.
Raul Dória

Imagens: 
- AHMP

Vista aérea do Porto em 1939. (Cidade do Porto)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

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Duas fotografia aéreas de duas zonas próximas entre si na cidade do Porto, do ano de 1939. Na imagem de cima, chamamos a especial atenção para o edifício rodeado por terreno ajardinado. Trata-se do actualmente extinto Palácio de Cristal já aqui abordado anteriormente e que foi demolido em 1951.
Na imagem de baixo vemos o rio Douro e sobressai o monumental edifício da Alfândega, em frente ao qual estão atracadas inúmeras embarcações
Vista aérea do coração da cidade. No canto superior esquerdo vemos a Praça da República, de onde parte a Rua Gonçalo Cristóvão, rua abaixo da qual, neste cliché, são visíveis as linhas do comboio que serviam a Estação da Trindade (actual Metro do Porto). O edifício da Câmara Municipal, no fundo da imagem, está ainda em construção. A Rua de Cima do Muro da Trindade, ainda existia, ao lado da Ordem.
Em baixo vemos uma vista sobre o demolido Palácio de Cristal e o rio Douro. Desconhecemos a data desta fotografia mas pensamos não se afastar muito das duas anteriores.
Um Biplano DH-82 Tiger Moth da Aeronáutica Militar a sobrevoar o Rio Douro entre Vila Nova de Gaia e o Porto 
Fonte: César Santos Silva  (Porto 24)
Vista panorâmica do Porto, tirada a bordo do "Graf Zepplin". Cliché de autor desconhecido
Vista geral da cidade, encontrando-se em construção o edifício da actual Câmara Municipal.
A seguir temos uma imagem (que acredito ser um pouco mais recente) pertencente ao arquivo da Foto Beleza.
Esta fotografia tem um sem número de curiosidades das quais vamos aqui abordar algumas:
No canto inferior direito vemos a Estação de S. Bento... como é perceptível na imagem, ainda existe casario naquela que viria a ser a avenida da ponte (acesso ao tabuleiro superior da ponte Luís I). No canto superior direito vemos a Torre dos Clérigos seguida da zona e jardim da Cordoaria, atrás das árvores ainda existe o Mercado do Peixe, onde viria a ser o Palácio da Justiça. No lado direito da Torre e Igreja dos Clérigos vemos o extinto Mercado do Anjo. A Alfandega apresenta uma enorme quantidade de embarcações atracadas...
Outro cliché da Foto Beleza, com vista parcial do Porto e Vila Nova de Gaia, que acreditamos, ser também mais recente, (anos 50?). Repare-se na infinidade de pormenores desta imagem
Porto e Gaia vistos de outro ângulo - Foto Beleza
Vista aérea da zona escolar, residencial e comercial de Cedofeita.
Vemos do Colégio Moderno (n.º 767-829, Norte), na Rua do Barão de Forrester, ao Liceu Rodrigues de Freitas (Sudoeste), na Praça Pedro Nunes. Identificando-se além destes dois edifícios, a Tutoria Central da Infância do Porto (na Quinta das Águas Férreas, n.º 5), na Rua do Melo; a linha do caminho de ferro do Porto à Póvoa e Famalicão; o Grande Colégio Universal (n.º 28), na Avenida da Boavista; a Serralharia civil Arnaldo Teixeira Fernandes (n.º 44), na Rua de Oliveira Monteiro; a empresa de materiais de construção de Manuel de Oliveira Marques (n.º 761), e a Garagem Ribeirinho (n.º 732), na Rua Barão de Forrester; a Casa onde viveu Oliveira Martins (n.º 39), na Rua das Águas Férreas; a Junta de Freguesia de Cedofeita (n.º 16), na Praça Pedro Nunes; o Hospital de Crianças Maria Pia (n.º 827); o Colégio de Nossa Senhora da Conceição (n.º 637) e a Fábrica de Tubos de Chumbo da Boavista (n.º 347), na Rua da Boavista; o Colégio Filipa de Vilhena (n.º 19) e o Instituto Académico Portuense (n.º 25), na Rua de Santa Isabel; o Instituto de Surdos Mudos Araújo Porto (n.º 55), na Rua Joaquim de Vasconcelos; a Igreja românica de Cedofeita, no Largo do Priorado; a Casa da Colegiada de Cedofeita (n.º 215), a Faculdade de Farmácia, a Fábrica de artigos de metal A Artística (n.º 158), a Escola primária do sexo masculino n.º 71 e a Biblioteca Popular n.º 2 (n.º 247 edifícios desaparecidos), na Rua Aníbal Cunha; a Empresa H. Vaultier & Cª (n.º 56), e a Fábrica de cartonagem Manuel Monteiro, Ltd. (n.º 38), na Travessa da Figueiroa; a Fábrica de alpergatas Castelo (n.º 23) e a Garagem de Álvares Cabral (n.º 37), na Rua de Álvares Cabral; e a 12.ª esquadra da Polícia de Segurança Pública (n.º 439), na Rua de Cedofeita.
Lordelo do Ouro (Cliché de baixo) numa vista aérea de 1939. Repare-se no cemitério (canto superior direito) rodeado por campos de cultura. Um pouco mais abaixo, após o cruzamento com a actual rua do Campo Alegre, vemos a igreja de Lordelo, à frente da qual, passa a rua das Condominhas, tudo inserido num contexto fortemente rural.
Fotografia aérea da zona ribeirinha, residencial e rural de Lordelo do Ouro (1939-40). Desde o bairro de Casas Económicas das Condominhas (Nordeste), ao Rio Douro (Sul). Identificando-se, o Bairro Operário de Lordelo do Ouro, na Rua da Granja de Lordelo; a central de Sobreiras, na Rua das Sobreiras; a capela de Nossa Senhora da Ajuda, na Rua com o mesmo nome; a Capela de Santa Catarina, rodeada de artérias com pequenos aglomerados habitacionais, no Largo de Santa Catarina; a Manutenção Militar e o Estaleiro, na Rua do Ouro.
Finalmente, uma vista aérea da praça 9 de Abril (conhecida como jardim de Arca d`Água) obtida também em 1939. Deixamos ao leitor a missão de observar os pormenores e comparar com a actualidade.

Imagens:
- AMP (Arquivo Municipal do porto)
- Beleza
- Autores desconhecidos